Show simple item record

dc.contributor.authorFerrao, Hugo
dc.date.accessioned2020-07-07T11:42:07Z
dc.date.available2020-07-07T11:42:07Z
dc.date.issued2010
dc.identifier.citationFabrikart (9) : 130-142 (2010)
dc.identifier.issn1578-5998
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10810/45177
dc.description.abstractA actual problemática do desenvolvimento sustentável entronca na Cibercultura, uma dimensão "imaginotécnica", em que a raiz ciber é indissociável da artificialidade do "pensamento cibernético". A ideia de sustentabilidade, para além da sua vocação reformista dos mercados, sem regulação, considera primordial consciencializar a nível individual e colectivo para a destruição do meio ambiente, contudo, emergem simultaneamente as cibercracias, como forma de domínio, integrando organizações cujas sinapses estão embebidas nas "redes de redes" à escala global. Esta "alucinação consensual" (William Gibson), forma de tirania tecnológica, está intimamente ligada à crescente militarização das sociedades, e simultaneamente desvela o lado trágico da Cibercultura. Na Cibercultura engendra-se a imagem do corpo tecnicizado, pois a existência real tornou-se insuportável, os humanos tornaram-se prescindíveis, ao serem substituídos na sua condição escrava do trabalho, por máquinas; o lugar do homem vaporizou-se no lucro das transnacionais. O desenvolvimento sustentável (sustentabilidade) aparentemente encarna a maior consciência da necessidade do pensamento ecológico como forma de abordar a problemática do domínio total da natureza e da sua conversão em mercadoria. A condenação do homem ao desastre da errância tecnológica, deambulando pelas redes em busca de sentido para a existência, tem provocado uma mudança profunda em termos imagéticos. Este "nomadismo estático", configura a identidade virtual apolítica. As pessoas passaram a ser vislumbradas como "entidades provisórias" cujo carácter transitório é atomizado e vaporizado no terror da antevisão apocalíptica previsível. O "citor" é uma entidade mediadora não privilegiada (mecanismo natural finalizado) que transporta a nostalgia de uma história de vida enquanto espécie, mas cujo relacionamento com a natureza se encontra cada vez mais dependente de interfaces de dispositivos tecnológicos tão sofisticados que podem manipular a própria composição genética do organismo humano (nanotecnologias), criando mutações apenas sonhadas pelos deuses.
dc.language.isopor
dc.publisherServicio Editorial de la Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatearen Argitalpen Zerbitzua
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.titleCibercultura e a storytelling do desemvolvimento sustentável
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/article
dc.rights.holder© 2010 Servicio Editorial de la Universidad del País Vasco Euskal Herriko Unibertsitateko Argitalpen Zerbitzua


Files in this item

Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record